quinta-feira, 4 de março de 2010

Virtual Worlds Best Practices in Education

Nos dias 12 e 13 de Março ocorrerá o Virtual Worlds Best Practices in Education, que será realizado totalmente online, no Second Life. Esperamos para este ano mais de 6.000 participantes e teremos novamente uma sessão de apresentações apenas em português, como no ano passado, no dia 13. Estou terminando de mexer no programa e logo envio as informações. Além das apresentações em português, haverá uma série de atividades ligadas a EaD, games, mundos virtuais, realidade aumentada etc. As inscrições para a conferência estão abertas e são gratuitas:
http://www.vwbpe.org/registration

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais

O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet, como Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

Segundo Robin Dunbar, professor de Antropologia Evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da existência desses sites.

Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo.

Sua experiência se baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos.

Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano. Homens e mulheres

Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, ele percebeu que não.

"É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times.

"As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros". Ainda segundo Dunbar, o comportamento de homens e mulheres em relação às amizades é diferente.

"Elas são melhores em manter as amizades apenas conversando com os amigos. Os homens precisam fazer alguma coisa juntos para se manterem em contato", explicou.

BBC Brasil

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Biblioteca de São Paulo no antigo Carandiru.



Sete anos depois de ser transformado no Parque da Juventude, o terreno onde funcionou a Casa de Detenção do Carandiru deve surpreender seus usuários a partir do próximo dia 9. Será inaugurada em uma área de 4 200 metros quadrados na Avenida Cruzeiro do Sul a Biblioteca de São Paulo, com projeto do escritório de arquitetura Aflalo & Gasperini. A fachada modernosa chama atenção pelo toldo em forma de velas de barco e o interior faz lembrar uma megastore. Seu acervo reúne 30 000 livros novinhos em folha. Além do catálogo completo das editoras Companhia das Letras, Cosac Naify, José Olympio e Record, o centro cultural disponibiliza mais de 1 000 livros em braile e audiolivros. “Para formar novos leitores, é preciso oferecer títulos atraentes”, afirma a diretora Magda Montenegro. O espaço conta com oitenta computadores conectados à internet e 4 000 CDs e DVDs para empréstimo.



Por Daniel Nunes Gonçalves [com reportagem de: Carolina Giovanelli, Fernanda Nascimento e Sara Duarte]

domingo, 10 de janeiro de 2010

Design cultural

Ronaldo Lemos - ronaldolemos09@gmail.com

Há alguns dias, assisti a um documentário intrigante. O nome é "Objectified" (algo como "objetificado"). O filme fala do papel do design no mundo de hoje.
Mostra desde aqueles palitos de dente japoneses (em que você quebra a pontinha de cima para mostrar que ele foi usado, ao mesmo tempo em que isso cria um minidescanso de mesa para o próprio palito) até a necessidade de o design se tornar cada vez mais sustentável. É claro que, no meio de tudo isso, há os elogios tradicionais ao design da Apple, que ninguém aguenta mais.
Mas o que mais me chamou a atenção foi uma entrevista com o designer egípcio Karim Rashid (que foi objeto de exposições recentes no Brasil).
Ele reclama que o formato das câmeras fotográficas ainda é retangular. E lembra que elas precisavam ser assim por causa do filme, que também tinha esse formato. Como tudo hoje é digital e não há mais filme, as câmeras poderiam assumir qualquer forma. Mas, ainda assim, grande parte delas ainda é feita no formato tradicional.
O problema desse comentário, certamente provocador, é que ele ignora uma questão crucial: a dimensão cultural do design. Afinal, em geral todo o mundo identifica uma câmera fotográfica como sendo retangular. Enquanto essa percepção cultural for compartilhada, mesmo que não haja razão técnica para ser assim, ainda vai fazer sentido desenhar câmeras com esse formato.
A mesma reflexão pode ser usada para a questão do formato "álbum" de música, ou do gênero "romance" em livro. Apesar de o álbum (de 45 a 70 minutos e cerca de 12 músicas) ter surgido muito por conta do tamanho dos LPs ou CDs, isso certamente produziu um impacto cultural. O mesmo ocorre com o romance, um gênero perfeito para o formato usual de um livro em papel.
Assim, mesmo que livros e CDs estejam mudando ou desaparecendo, os gêneros culturais surgidos por conta deles continuam tendo sentido. Não digo que vão continuar sendo centrais nem que vão durar para sempre. Mas vão permanecer enquanto as pessoas compartilharem a ideia e o valor do que eles significam.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ciência e tecnologia


A VIDA DE empresário mostrou-me quão grande é o impacto que investimentos em ciência e tecnologia (C&T) têm sobre uma empresa e um país. Vejam o caso da Finlândia, onde, graças a tais investimentos, uma empresa que fazia botas de borracha e cabos elétricos tornou-se líder mundial na produção de celulares (Nokia). Ou o da Coreia do Sul, que, apostando na educação tecnológica de seu povo, alcançou tal riqueza que em nada lembra o país que emergiu arrasado da guerra com o Norte, em 1953.
Aqui, estamos longe de dar ao tema a atenção merecida. Não que a situação seja de todo má: é justo reconhecer os aportes feitos pelo Estado brasileiro no setor. Estes geraram, por exemplo, a Embrapa, talvez a melhor empresa de pesquisa agropecuária do planeta. Mas ainda é pouco. Segundo o Banco Mundial, o Brasil investe só 1,02% de seu PIB em pesquisa. E, no último levantamento do Fórum Econômico Mundial, ficamos na 59ª posição em um ranking de 175 nações que conseguem aproveitar novas tecnologias para aumentar a eficiência de suas economias.
O investimento em C&T é vital para aumentar o valor agregado de nossas exportações, hoje ancoradas em commodities minerais e agrícolas. Aliás, também só continuaremos líderes nestes setores se, com o uso de ciência aplicada, formos capazes de prosseguir melhorando nossa produtividade no campo e no subsolo.
É o caso do pré-sal. Não se extrai óleo de rochas a tal profundidade sem trabalhadores especializados e tecnologia de ponta. A Petrobras já é capaz de explorar o pré-sal, mas precisa melhorar a rentabilidade da operação. E para isso a empresa e o Brasil terão de investir ainda mais em ciência e tecnologia no setor.
Aliás, louve-se a iniciativa do governo federal de decidir que parte dos ganhos com o petróleo do pré-sal vá para um fundo voltado à educação, ciência e tecnologia. Lembremos, porém, que há outras barreiras, além da financeira, para o desenvolvimento da C&T no país. Uma delas é a legislação sobre o tema, que precisa ser atualizada.
Outra questão são os tributos. É preciso haver incentivos às empresas que investem em C&T. É má ideia cobrar impostos sobre os valores que uma companhia aplica em pesquisa. Devemos estimular as empresas a fazê-lo, não puni-las com mais encargos.
Por fim, o Brasil precisa qualificar seus recursos humanos na área. Há no país menos de 2 pesquisadores para cada grupo de 1.000 trabalhadores ocupados. Em ciência e tecnologia, homens e mulheres instruídos e motivados são o que há de mais importante.

EMÍLIO ODEBRECHT