sexta-feira, 25 de maio de 2012

Comissão de juristas aprova cópia integral de livro, CD e DVD

Punição de crimes contra direito autoral, porém, deve crescer no novo Código Penal

A comissão de juristas que discute a reforma do Código Penal no Senado aprovou ontem a liberação de cópias integrais de livros, CDs e DVDs, desde que para uso próprio e sem fins comerciais.

A reprodução parcial já é autorizada hoje, em porcentagens que variam conforme a mídia copiada. Caso a sugestão dos juristas seja acatada pelo Congresso, a cópia completa -desde que única, feita a partir de um original e de uso exclusivo e privado de quem copiou, sem objetivo de lucro- será liberada.

Luis Flávio Gomes, membro da comissão, diz que a proposta "oficializa o que todo mundo faz". "As editoras vão puxar nossas orelhas."

Por outro lado, a comissão endureceu penas para quem violar direitos autorais. O mero uso da obra não autorizado pelo autor, sem ganhos comerciais, continuará sendo um crime leve, com pena de 6 meses a 2 anos de prisão.

A pena aumenta, porém, se a obra for divulgada por internet ou outro meio que facilite a disseminação (de 1 a 4 anos). A pena sobe se houver uso comercial: 2 a 5 anos.

Foi tipificado ainda um crime que pune o plágio intelectual, cujo exemplo mais comum é a cópia de trabalhos acadêmicos. As propostas da comissão de juristas devem ser entregues para votação no Congresso até o fim de junho.

 

NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA

Fonte: Folha Poder

Posted via email from paulorfreitas's posterous

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento

Captura_de_tela_2012-05-21_as_13

Hoje, 21 de maio, é comemorado em mais de 100 países o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 2001, mesmo ano em que foi feita a Declaração Universal da Unesco sobre a Diversidade Cultural. Em 2005, a Assembléia Geral da Organização adotou a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. A convenção foi promulgada no Brasil em 2007 e, até agora, 109 países já ratificaram o documento.

Para comemorar a data a Unesco criou em 2008, o Festival Internacional da Diversidade. O evento, que começou no dia 17 e vai até o dia 27 de maio, está sendo realizado na sede da Unesco, em Paris, com atrações musicais e artísticas que têm como característica a diversidade cultural. O Festival, que acontece simultaneamente em vários países membros, busca dar voz e visibilidade à riqueza da diversidade cultural em todo o mundo.

No Brasil, o Ministério da Cultura criou no dia 7 de abril de 2004, por meio do Decreto n.º 5.036, a Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) com o objetivo de promover e proteger a diversidade das expressões culturais. Em 2007 foi lançado, no âmbito da SID, o Programa Identidade e Diversidade Cultural – Brasil Plural, para garantir o acesso dos grupos e redes de agentes culturais, responsáveis pela diversidade das expressões culturais brasileiras, aos recursos públicos para o desenvolvimento de suas ações.

Para o secretário da Identidade e Diversidade Cultural/MinC, Américo Córdula, o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural estão ligados à busca da solidariedade entre os povos, à consciência da unidade do gênero humano e ao desenvolvimento dos intercâmbios. “A luta pela promoção da diversidade e dos intercâmbios culturais é a nossa forma de mostrar que outro mundo é possível”, afirma Córdula.

Segundo ele, orientada pelo princípio da dimensão cidadã da cultura, a SID desenvolve suas políticas em parceria com a sociedade civil, articulando lideranças e entidades representativas, por meio da constituição de grupos de trabalho, colegiados, fóruns, oficinas temáticas, seminários e congressos. “A atuação da Secretaria consiste na promoção de diálogos com segmentos da comunidade cultural que têm pouco acesso aos mecanismos de incentivo”, esclarece o secretário.

Estímulo à diversidade cultural com premiação
A Secretaria busca ainda fomentar as várias manifestações da diversidade cultural por meio da publicação de editais de premiação de iniciativas e projetos culturais desenvolvidos por segmentos como os indígenas, os mestres da cultura popular, os ciganos, os idosos, a juventude, os integrantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), as crianças, os deficientes e as pessoas em sofrimento psíquico.

Entre 2005 e 2009 foram realizados 15 concursos públicos que receberam 7.595 inscrições. Do total de inscritos, 1.380 projetos foram premiados pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural. Cerca de R$ 20 milhões foram investidos nesses editais no período de 2005 a 2009 e, em 2010, mais de R$ 5 milhões serão aplicados na realização de 5 editais.

Três deles, o Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez, o Prêmio Culturas Ciganas 2010 e o Prêmio Inclusão Cultural da Pessoa Idosa – Edição Inezita Barroso já estão com as inscrições abertas (www.cultura.gov.br/diversidade). A SID realizará, ainda neste ano, os concursos: Prêmio Arte e Cultura Inclusivas 2010 – Edição Albertina Brasil – Nada sobre Nós sem Nós, e Prêmio Culturas Indígenas – Edição Marçal Tupã-y.

Unesco acredita que a diversidade pode abrir canal de diálogo entre os povos
A diretora geral da Unesco, Irina Bokova, lembrou, em manifesto oficial, “que, no Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvovimento, devemos refletir sobre as formas de participar, humana e concretamente, da construção da tolerância para com as diversas manifestações culturais de todos os países”.

Bokova cita ainda a Declaração Universal da Unesco para a Diversidade Cultural elaborada em 2001: “Ela postula, com firmeza, que a diversidade cultural é tão necessária para o ser humano, como a biodiversidade é para a natureza. Nesse sentido, constitui patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações do presente e do futuro”, informa a diretora da Unesco.

Para Bokova, apesar de vivermos num mundo interconectado, ainda temos dificuldades de comunicação e, para tanto, devemos intensificar o diálogo entre as culturas com o objetivo de estreitar os laços entre os povos de todo o planeta e facilitar o progresso das civilizações. “Temos que ter consciência de que todas as culturas são iguais em dignidade e direitos”, observa ela.

A diretora geral da Unesco aproveita a data para conclamar os governantes, as comunidades e a sociedade civil, de todos os países, para que adotem medidas concretas em defesa da diversidade cultural, colocando-a na vanguarda do diálogo. “Todos nós devemos avançar com o objetivo de construir um mundo solidário, cuja riqueza e força estejam no coração de sua diversidade”, reivindica Bokova.

Trabalho pioneiro do MinC
A coordenadora cultural da Unesco no Brasil, Jurema Machado, acredita que a diversidade cultural brasileira, seja no campo da culturas, dos conhecimentos tradicionais, da arte e da criatividade, tem um enorme significado no contexto mundial . “O país atravessa um dos períodos mais marcantes da sua história tendo em vista que a gestão dessa diversidade, ou seja, a capacidade do Brasil de manejar esse acervo de forma a, não apenas garantir a sua manutenção, mas também assegurar a sua incorporação ao processo de desenvolvimento, interessa não apenas aos brasileiros, mas também ao resto do mundo”, reflete Machado.

Para a coordenadora da Unesco, o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural, tem desenvolvido um trabalho pioneiro, em suas ações de políticas culturais, no que se refere à introdução sistemática desse tema, em toda a sua amplitude. “Além disso, desconheço, em outros países do mundo, um trabalho tão dedicado, amplo e contínuo de difusão e divulgação da Convenção da Unesco para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais como o que tem sido feito no Brasil”, assegura ela.

(Heli Espíndola- Comunicação/SID)

Fonte: MinC

Posted via email from paulorfreitas's posterous

Lei de Acesso gera pedidos de acesso a papéis da ditadura

A área militar no Executivo federal, em Brasília, recebeu 119 pedidos de informação nos três primeiros dias de vigência da Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor na última quarta-feira.

A nova lei permite que todo cidadão requisite quaisquer informações a Executivo, Judiciário, Legislativo e Ministério Público.

Os órgãos têm a obrigação de atender os pedidos, sob pena de punição ao servidor que se recusar a fornecê-las.

No Ministério da Defesa e nas Forças Armadas, houve procura por documentos produzidos pela ditadura militar (1964-1985), como eventuais relatórios sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog (1937-1975) e o atentado a bomba no Riocentro, em 1981.

Os militares também receberam pedidos sobre o Plano Nacional de Defesa, que prevê investimentos bilionários.

O Ministério da Justiça e sete órgãos a ele vinculados, como a Polícia Federal e o Arquivo Nacional, receberam 144 pedidos nos três dias.

As dúvidas mais frequentes dizem respeito a processos por indenizações previstas na Lei da Anistia, dúvidas sobre viagens e outros gastos e atas de reuniões.

Embora tenham sido duas das áreas mais acionadas na Esplanada dos Ministérios, com 12% do total de pedidos, a área militar e o Ministério da Justiça não apareceram no ranking divulgado pela CGU (Controladoria Geral da União) na sexta-feira.

A divergência ocorreu porque, no caso do Ministério da Justiça, a CGU não contabilizou os pedidos feitos aos órgãos subordinados à pasta.

Na lista da CGU, o mais requisitado foi o Banco Central, com 160 pedidos de um total de 2.217. O BC explicou à Folha, porém, que um erro no sistema o levou à primeira posição: um mesmo pedido foi contabilizado 58 vezes.

Sem a repetição, o BC cai para o terceiro lugar e o Ministério da Justiça sobre para o primeiro. A área militar é a terceira mais procurada, abaixo do Ministério do Planejamento.

SENADO

Em três dias de vigência da Lei de Acesso, o Senado recebeu 42 pedidos de informação. O mais polêmico é a lista dos salários dos servidores da Casa. A diretora-geral, Dóris Peixoto, informou que os dados não seriam revelados porque estariam protegidos pela Constituição.

Na sexta-feira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que vai esperar que o Executivo detalhe como vai ser feita a divulgação da sua folha.

A maioria dos pedidos feitos ao Senado está relacionada a despesas e mordomias, como o fornecimento de combustível para carros oficiais, gastos com apartamentos funcionais e aposentadorias de ex-senadores.

O STF (Supremo Tribunal Federal) recebeu pouco mais de dez pedidos, na maioria informações sobre despesas dos 11 ministros da corte.

RUBENS VALENTE
LÚCIO VAZ
de BRASÍLIA

Fonte: Folha Poder

Posted via email from paulorfreitas's posterous