quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Capes WebTV na @bu_ufsc

@bu_ufsc agora possui Capes WebTV para a divulgação de conteúdo noticioso dentro dos campi universitários.
Capes WebTV


Biblioteca de Fernando Pessoa

Livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa estão disponível online.
Casa Fernando Pessoa


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uso de redes sociais reduz desempenho acadêmico, diz estudo


Um estudo holandês vinculou o uso de redes sociais como o Facebook a um desempenho acadêmico inferior. O efeito seria consequência da forma como sites de redes sociais são usados: o usuário fica permanentemente conectado ou faz várias visitas diárias ao site enquanto realiza, simultaneamente, outras atividades.
A pesquisa, feita por Paul Kirschner, da Open University, na Holanda, foi publicada na revista científica Computers in Human Behaviour.
Ela questiona teorias atuais de que o cérebro do jovem moderno, moldado pela era digital, estaria adaptado a processar simultaneamente canais múltiplos de informação.
Kirschner sugere que, em comparação com estudantes que realizam uma tarefa de cada vez, os adeptos do multitasking (fazer várias atividades ao mesmo tempo) precisam de mais tempo para o aprendizado e cometem mais erros no processamento da informação.
Ele explica que o estudo é preliminar e precisa ser aprofundado. O pesquisador entrevistou 219 estudantes de uma universidade pública holandesa.
A análise dos dados revelou que usuários do Facebook apresentaram, em uma escala de um a quatro, uma nota média de 3,06. Os que não usavam a rede social tiveram desempenho 20% melhor, alcançando em média 3,82 pontos.
O estudo também concluiu que usuários do Facebook estudaram menos horas: entre uma e cinco horas por semana, em comparação com não usuários, que disseram estudar entre 11 e 15 horas por semana.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

As competências necessárias para trabalhar em TI no ano de 2020

No ano de 2020, a expertise técnica deixará de ser a pedra fundamental dos departamentos de TI. Funcionários de todas as seções nas empresas terão relativo domínio acerca do emprego de recursos tecnológicos para desempenhar as atribuições.

Ainda assim, visionários e experts da informática preveem uma busca expressiva por profissionais com capacidade de interpretar volumes enormes de dados. Aqueles que dominarem técnicas de segurança, souberem gerenciar questões críticas em sistemas recentes e transmitirem com clareza como a TI pode impulsionar os negócios, também sairão na frente.

1. Análise de dados
Lá por 2020, o volume de dados gerados anualmente estará na casa dos 35 zettabytes, ou 35 milhões de petabytes, informa o departamento de pesquisas da IDC. Para ter uma ideia, isso seria o suficiente para construir uma torre de DVDs alta o bastante para chegar até a lua e voltar, afirma John Gantz, principal executivo de pesquisas da IDC.

A demanda por profissionais capacitados para a depuração de um volume monstruoso de informações será igual à estabelecida por gente habilitada para cooperar com unidades de negócios na definição da natureza dessas informações.

Este profissional, híbrido de tecnólogo com visão para negócios, terá excelentes conhecimentos acerca dos processos e das operações comerciais. “Essas pessoas saberão identificar o tipo de informação necessário para as empresas e como transformar essas informações em lucro”, afirma o presidente e CEO da Foote Partners LLC, David Foote. “Você poderá contar com um contingente expressivo de pessoas com bons conhecimentos sobre a dinâmica da cadeia produtiva de transformação de informação em dinheiro”, diz.

2. Avaliação de riscos
Segundo o visionário David Pearce Spyder, a gestão de riscos deverá apresentar demanda estável em toda a década de 2020, especialmente na hora em que as empresas travarem batalhas com a complexidade da TI. Uma comparação pode ser traçada entre as complexidades que se aproximam no front da TI e os esforços hercúleos da British Petroleum em cessar o vazamento de petróleo no Golfo do México, ou com a luta da Toyota em eliminar a repentina aceleração de alguns de seus veículos, diz Snyder.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nova portaria permite acúmulo de bolsas com atividades remuneradas

Agência de Comunicação - Universidade Federal de Santa Catarina
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima - Trindade - CEP 88040-900 | Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
Informações gerais sobre a UFSC: +55 (48) 3721-9000 | Fone Secretaria: +55 (48) 3721-9233 - FAX: +55 (48) 3721-8422 e 3721-9840
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Sistema de Identidade Visual, Programa de Integração de Sistemas e NPD - UFSC


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domingo, 9 de maio de 2010

Reforço é dever da escola, dizem educadores

Pedagogos discordam da prática de colégios e dizem que escolas devem dar subsídios para alunos acompanharem grade curricular

Segundo professora de psicologia da educação da USP, programa pedagógico tem de ser ajustado à heterogeneidade do aluno

DA REPORTAGEM LOCAL

As escolas têm obrigação de oferecer o reforço escolar, diz Cesar Callegari presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. "Elas devem produzir todos os meios para que todos os estudantes ali matriculados possam se desenvolver", diz.
"Recomendar um professor particular e às vezes indicar esse próprio professor, não é correto. Além de ser eticamente condenável", afirma. "Se a escola diz que não pode, ela que desista de ser escola porque ela tem a obrigação de fazer isso".
Silvia Colello, professora de psicologia da educação da Faculdade de Educação da USP, concorda. Para ela, a escola tem que "dar conta" do aprendizado. "O programa pedagógico tem que se ajustar à heterogeneidade do aluno e a possíveis descompassos que possa haver. Não o aluno se ajustar à escola".
Para ela, professores particulares só deveriam ser indicados em casos muito específicos, como o de alunos novos que mudam para uma escola bilíngue e não sabem falar a outra língua. "O problema é que a exceção acaba se tornando a regra".
A professora da USP acredita que o pedido das escolas aos pais pode ser uma "estratégia". Para ela, alunos com notas ruins não são bons para a escola, que se preocupa cada vez mais com o topo de rankings como o do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) -que "se tornou um guia único para os pais" que querem colocar seus filhos em boas escolas.
"Quando vejo essas escolas no topo do ranking penso: "será que elas estão aí pelo trabalho que realizam ou porque fazem uma triagem dos alunos?".

Reclamação
As famílias com filhos em colégios particulares podem recorrer ao código de defesa do consumidor para que o reforço seja disponibilizado pela instituição. "A escola tem que garantir a prestação desse serviço, com qualidade", diz Selma do Amaral, assistente técnica da diretoria de atendimento do Procon-SP.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0905201003.htm

domingo, 4 de abril de 2010

Bibliotecário e educação à distância (EAD): mediando os instrumentos do conhecimento

SPUDEIT, Daniela Fernanda Assis de Oliveira; VIAPIANA, Noeli; VITORINO, Elizete. Bibliotecário e educação à distância (EAD): mediando os instrumentos do conhecimento. Revista ACB, Santa Catarina, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 54-70, jan./jun. 2010. Disponível em: http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/695/pdf_18 Acesso em: 1 abr. 2010.

Resumo:
Este artigo discorre sobre a temática da Educação a Distância (EaD) e a necessidade da formação de equipes interdisciplinares com participação do bibliotecário. Apresenta um breve panorama da evolução da EaD no Brasil, a fim contextualizar o assunto. Sugere que para o sucesso de um projeto de curso a distância, o bibliotecário participante da equipe de EaD deve atuar como mediador da informação, no ambiente de aprendizagem dos cursos, com o propósito de contribuir para a construção do conhecimento e para o desenvolvimento da Competência Informacional de alunos e da equipe como um todo.

Palavras-chave: Educação a Distância (EaD); Profissional da Informação; Bibliotecário; Competência Informacional; Interdisciplinaridade.

Keith Richards diz em autobiografia que sonha em ser bibliotecário

Londres, 4 abr (EFE).- O guitarrista Keith Richards, do Rolling Stones, tem o sonho secreto de ser bibliotecário, diz o próprio em uma autobiografia que está perto de ser publicada.

Segundo a edição de hoje do jornal inglês "The Sunday Times", o músico confessa no livro que, apesar de sua imagem de roqueiro, há anos cultiva uma paixão pelos livros e inclusive recebeu formação profissional para organizar os guardados em suas casas na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Em sua biografia, pela qual teria recebido US$ 7,3 milhões por antecipação, Richards explica que tentou aplicar um sistema que utilizam os bibliotecários para ordenar seus livros, entre eles muitos sobre a história do rock e a Segunda Guerra Mundial.

Além disso, Richards atuou como uma "biblioteca pública" ao emprestar exemplares de autores britânicos como Bernard Cornwell e Len Deighton para seus amigos, diz o jornal.

Segundo o "The Sunday Times", durante sua juventude na austera Inglaterra do pós-guerra, o roqueiro se refugiava na leitura antes de encontrar o blues.

Para Richards, "quando você cresce, há duas instituições que o afetam especialmente: a Igreja, que pertence a Deus, e a biblioteca, que pertence a você. A biblioteca pública é enormemente igualitária".

segunda-feira, 15 de março de 2010

O teste da mais moderna biblioteca

Edison Veiga, Lucas de Abreu Maia - O Estadao de S.Paulo
Ambiente multicor. Decoração da biblioteca inova, com pufes, e não há ninguém fazendo "psiu" ao menor barulho feito por um visitante: título mais retirado é "Querido Diário Otário"

No primeiro mês de funcionamento, a moderna Biblioteca de São Paulo, no Parque da Juventude, em Santana, zona norte, conseguiu um de seus principais objetivos: atrair leitores. Doze mil pessoas estiveram em seu prédio no período, deleitando-se com alguns dos 30 mil livros disponíveis, utilizando um dos 80 computadores conectados à internet ou assistindo aos vários DVDs do acervo. "Muito se diz que o Brasil não tem tradição de leitores. Surpreendi-me com o número de frequentadores", admite a diretora da instituição, Magda Montenegro.

A roupagem descolada da biblioteca - colorida, cheia de pufes e sem ninguém fazendo "psiu" ao menor barulho - tem atraído leitores jovens. Prova disso é que os dois títulos mais procurados pelos 4 mil usuários que já fizeram carteirinha são best-sellers infanto-juvenis (Querido Diário Otário, de Jim Benton, com 54 locações; e Harry Potter e o Cálice de Fogo, de J. K. Rowling, 25 retiradas).

Entretanto, nem tudo é perfeito na instituição, inaugurada com pompa pela Secretaria de Estado da Cultura sob o rótulo de "modelo". Dois repórteres do Estado estiveram no local - sem se identificar como jornalistas - duas vezes cada um nas últimas quatro semanas e tentaram usufruir de toda a sua estrutura.

As primeiras impressões são positivas. Difícil não usar a frase "nem parece que estou em uma biblioteca" - referindo-se, óbvio, ao padrão sisudo vigente desde sempre, responsável por associar à biblioteca a pecha da chatice. A Biblioteca de São Paulo tem cara dessas livrarias megastore, com estantes atraentes e funcionários simpáticos - dos 51 que atuam ali, 23 ficam só no atendimento - prontos a lhe recomendar a leitura adequada ao seu perfil. O acervo também tem seus atrativos, por mesclar os clássicos com lançamentos.

Mas - e, sejamos justos, talvez pelo fato de a abertura ser recente - os problemas não demoram a aparecer. Para a simples confecção da carteirinha, uma espera de 22 minutos, por exemplo. Quer usar um dos oito leitores digitais que a biblioteca tem? Difícil. Nas duas vezes, o repórter ouviu que eles "estão guardados em uma sala porque ainda falta definir como serão usados". "Volte daqui a alguns dias", aconselhou a atendente. Da segunda vez - três semanas depois -, a questão foi passada de funcionário para funcionário até, meia hora mais tarde, a resposta ser a mesma. "Realmente ainda não descobrimos como oferecer essa tecnologia para o público", afirma a diretora. "Em 20 dias, isso estará resolvido."

Outra negativa quando o repórter tentou pegar emprestados três livros do acervo, para estrear sua carteirinha - Rasif, de Marcelino Freire; O Livro Amarelo do Terminal, de Vanessa Barbara; e Nunca Antes na História deste País, de Marcelo Tas. "Eles ainda não estão catalogados, por isso não podem ser retirados", informou a moça do balcão. "Os 2 mil livros comprados mais recentemente não foram para o sistema. Levaremos 30 dias para incluí-los", confirma Magda.

Acessibilidade. Uma das bandeiras da biblioteca, muito divulgada em sua inauguração, era que ela nascia preparada para atender pessoas com deficiência. O Estado avaliou esses aspectos. Com boas-vindas: para chegar até a porta, chão tátil; logo na entrada, mapa em braile.

A Biblioteca de São Paulo tem alguns dos equipamentos mais modernos para garantir a acessibilidade. Contudo, eles ainda não podem ser plenamente usados. Entre os recursos: mesas adaptadas para cadeirantes, ampliadores de textos para pessoas com baixa visão e um acervo de títulos em braile e em áudio.

Ao testar os equipamentos voltados aos leitores cegos, a reportagem encontrou problemas em todos. Há uma impressora capaz de imprimir em alto-relevo desenhos feitos em uma folha especial. A máquina, entretanto, não está em uso, principalmente, segundo os funcionários, por causa do alto custo das folhas (R$ 12 a unidade).

Outro dos equipamentos modernos é um scanner que converte imediatamente em áudio qualquer livro impresso. Embora o aparelho permita que deficientes visuais possam acessar qualquer obra do acervo, há a ressalva: o livro só pode ser lido ali, já que o funcionário alegou não ser possível gravar o conteúdo em um pen drive, conforme o repórter propôs.

Os computadores que deveriam ter programas para uso de deficientes visuais não funcionavam nos dias em que o Estado lá esteve. A funcionária apontada como responsável pela acessibilidade da biblioteca não foi encontrada nas duas vezes em que a reportagem foi ao local.

A diretora da biblioteca reconhece que os recursos de acessibilidade ainda não são usados adequadamente. De acordo com ela, em breve os funcionários receberão treinamento de 40 horas de uma ONG especializada em acessibilidade. "Só então vamos poder implantar a utilização de tudo", diz Magda, frisando que ainda não há data definida para que isso aconteça.

A diretora admite que existem poucos funcionários preparados para lidar com o público deficiente, mas afirma que está à procura de pessoal qualificado. "Para lidar com a pessoa com deficiência, tem de ser um funcionário especial", afirma. Só então a Biblioteca de São Paulo terá um uso tão completo quanto sua estrutura sugere.

Onde fica

BIBLIOTECA DE SÃO PAULO.
AVENIDA CRUZEIRO DO SUL, 2.630. TELEFONE 2089-0800. DE TERÇA A SEXTA-FEIRA, DAS 9H ÀS 21HORAS.
SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS, DAS 9H ÀS 19H

quinta-feira, 4 de março de 2010

Do Blog da Zelinda Barros...vi e gostei



Blog da Zellinda Barros
http://www.blogger.com/profile/00717750637524593684

Diversidade em Educação a Distância: Professor quer hora extra virtual

Diversidade em Educação a Distância: Professor quer hora extra virtual - SP#links#links#links#links#links

Virtual Worlds Best Practices in Education

Nos dias 12 e 13 de Março ocorrerá o Virtual Worlds Best Practices in Education, que será realizado totalmente online, no Second Life. Esperamos para este ano mais de 6.000 participantes e teremos novamente uma sessão de apresentações apenas em português, como no ano passado, no dia 13. Estou terminando de mexer no programa e logo envio as informações. Além das apresentações em português, haverá uma série de atividades ligadas a EaD, games, mundos virtuais, realidade aumentada etc. As inscrições para a conferência estão abertas e são gratuitas:
http://www.vwbpe.org/registration

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cérebro só consegue administrar 150 amigos em redes sociais

O cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento disponíveis na internet, como Facebook e Orkut, revelou uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.

Segundo Robin Dunbar, professor de Antropologia Evolucionária na entidade, este número é praticamente o mesmo que se via antes da existência desses sites.

Nos anos 90, o cientista desenvolveu uma teoria batizada de "Número de Dunbar", que estabelece que o tamanho do neocortex humano - a parte do cérebro usada para o pensamento consciente e a linguagem - limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 amigos, independente do grau de sociabilidade do indivíduo.

Sua experiência se baseou na observação de agrupamentos sociais em várias sociedades - de vilarejos do neolítico a ambientes de escritório contemporâneos.

Segundo Dunbar, sua definição de "amigo" é aquela pessoa com a qual outra pessoa se preocupa e com quem mantém contato pelo menos uma vez por ano. Homens e mulheres

Ao se questionar se o "efeito Facebook" teria aumentado o tamanho dos círculos sociais, ele percebeu que não.

"É interessante ver que uma pessoa pode ter 1,5 mil amigos, mas quando você olha o tráfego nesses sites, percebe que aquela pessoa mantém o mesmo círculo íntimo de cerca de 150 pessoas que observamos no mundo real", afirmou Dunbar, em entrevista ao jornal The Times.

"As pessoas se orgulham de ter centenas de amigos, mas a verdade é que seus círculos são iguais aos dos outros". Ainda segundo Dunbar, o comportamento de homens e mulheres em relação às amizades é diferente.

"Elas são melhores em manter as amizades apenas conversando com os amigos. Os homens precisam fazer alguma coisa juntos para se manterem em contato", explicou.

BBC Brasil

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Biblioteca de São Paulo no antigo Carandiru.



Sete anos depois de ser transformado no Parque da Juventude, o terreno onde funcionou a Casa de Detenção do Carandiru deve surpreender seus usuários a partir do próximo dia 9. Será inaugurada em uma área de 4 200 metros quadrados na Avenida Cruzeiro do Sul a Biblioteca de São Paulo, com projeto do escritório de arquitetura Aflalo & Gasperini. A fachada modernosa chama atenção pelo toldo em forma de velas de barco e o interior faz lembrar uma megastore. Seu acervo reúne 30 000 livros novinhos em folha. Além do catálogo completo das editoras Companhia das Letras, Cosac Naify, José Olympio e Record, o centro cultural disponibiliza mais de 1 000 livros em braile e audiolivros. “Para formar novos leitores, é preciso oferecer títulos atraentes”, afirma a diretora Magda Montenegro. O espaço conta com oitenta computadores conectados à internet e 4 000 CDs e DVDs para empréstimo.



Por Daniel Nunes Gonçalves [com reportagem de: Carolina Giovanelli, Fernanda Nascimento e Sara Duarte]

domingo, 10 de janeiro de 2010

Design cultural

Ronaldo Lemos - ronaldolemos09@gmail.com

Há alguns dias, assisti a um documentário intrigante. O nome é "Objectified" (algo como "objetificado"). O filme fala do papel do design no mundo de hoje.
Mostra desde aqueles palitos de dente japoneses (em que você quebra a pontinha de cima para mostrar que ele foi usado, ao mesmo tempo em que isso cria um minidescanso de mesa para o próprio palito) até a necessidade de o design se tornar cada vez mais sustentável. É claro que, no meio de tudo isso, há os elogios tradicionais ao design da Apple, que ninguém aguenta mais.
Mas o que mais me chamou a atenção foi uma entrevista com o designer egípcio Karim Rashid (que foi objeto de exposições recentes no Brasil).
Ele reclama que o formato das câmeras fotográficas ainda é retangular. E lembra que elas precisavam ser assim por causa do filme, que também tinha esse formato. Como tudo hoje é digital e não há mais filme, as câmeras poderiam assumir qualquer forma. Mas, ainda assim, grande parte delas ainda é feita no formato tradicional.
O problema desse comentário, certamente provocador, é que ele ignora uma questão crucial: a dimensão cultural do design. Afinal, em geral todo o mundo identifica uma câmera fotográfica como sendo retangular. Enquanto essa percepção cultural for compartilhada, mesmo que não haja razão técnica para ser assim, ainda vai fazer sentido desenhar câmeras com esse formato.
A mesma reflexão pode ser usada para a questão do formato "álbum" de música, ou do gênero "romance" em livro. Apesar de o álbum (de 45 a 70 minutos e cerca de 12 músicas) ter surgido muito por conta do tamanho dos LPs ou CDs, isso certamente produziu um impacto cultural. O mesmo ocorre com o romance, um gênero perfeito para o formato usual de um livro em papel.
Assim, mesmo que livros e CDs estejam mudando ou desaparecendo, os gêneros culturais surgidos por conta deles continuam tendo sentido. Não digo que vão continuar sendo centrais nem que vão durar para sempre. Mas vão permanecer enquanto as pessoas compartilharem a ideia e o valor do que eles significam.